Projeto Paragoclima| Meio Ambiente| Proposta

Projeto Paragoclima| Meio Ambiente| Proposta

Proposta é adotar medidas de tratamento do lixo, proteção de afluentes, redução do uso exacerbado dos automóveis, para redução de gases do efeito estufa.

Nesta quinta-feira (25), uma cerimônia marcou a assinatura do Pacto pelo Clima, em Paragominas, sudeste do estado. O pacto é parte integrante do projeto Paragoclima, que consiste em uma série de medidas para que o município zere, em curto prazo, a emissão de carbono.

"O projeto Paragoclima é um novo marco no desenvolvimento municipal. A primeira grande virada ocorreu com o projeto Município Verde, nos anos 2000, quando Paragominas deixou o título de uma das maiores desmatadoras da Amazônia, para se tornar um exemplo mundial ao aliar economia à preservação do meio ambiente", destaca a secretária de Meio Ambiente, Amanda Purger.

O projeto Paragoclima tem como principal meta a redução das emissões de Gás de Efeito Estufa (GEE) a zero em um prazo de sete anos, até 2030. Esse novo momento a nova etapa do município se dá no momento em que o mundo debate mudanças climáticas e se volta aos cuidados com a Amazônia. Desde a reunião da cúpula do clima na COP-26, em Glasgow, Escócia, onde foi publicado um relatório alarmante sobre as mudanças climáticas, o tema se tornou um dos maiores interesses globais. Atualmente, há uma crescente preocupação em encontrar soluções sustentáveis para mitigar esses impactos e garantir um futuro melhor para o planeta.

“O Paragoclima amplia a nossa agenda para além da preservação florestal: o cuidado com o descarte do lixo, com os afluentes, com uso exacerbado dos automóveis, com a emissão de gases do efeito estufa. Paralelamente, a gente também precisa cuidar da floresta, já que as árvores são indispensáveis no sequestro de carbono”, explica Purger.

Para secretária, o ponto mais forte do projeto é a construção conjunta dos dispositivos para o alcance do carbono zero. “Não é um projeto pré-estabelecido e entregue à população de maneira impositiva. Ele será construído por meio de lideranças e atores sociais, de instituições públicas ou privadas, instituições governamentais ou não governamentais, que estejam à disposição para criar políticas públicas de mudanças climáticas. A proposta é que a gente consiga refletir a realidade do município em um projeto construído pela população”, destaca.

Assim, a assinatura do pacto é um momento de envolver a comunidade, tornando o objetivo uma meta comum a todos. “O pacto é um instrumento em que a gente comunica interna e externamente que estamos juntos. Como diz o nosso hino: ‘juntos num só ideal’. Que é desenvolver economicamente o município, desenvolver em todos os aspectos, mas tendo muito compromisso com o meio ambiente”, conclui Purger.

Carbono zero até 2030

Paragominas criou o Paragoclima por meio do decreto municipal nº 22, de 19 de abril de 2023, pela equipe do prefeito Lucídio Paes. O projeto pretende zerar a emissão de carbono até 2023, por três razões fundamentais. Em primeiro lugar, a responsabilidade climática exige a redução das emissões e aumento o sequestro de carbono, garantindo um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as próximas gerações e proporcionando oportunidades para todos.

Em segundo lugar, um território com balanço de carbono neutro se torna altamente atraente para investidores, aumentando o valor de toda a região, incluindo suas terras, produtos, empresas e população. Por fim, o objetivo de baixo carbono tem um efeito mecânico renovando todos os fatores que comandam o desenvolvimento do território, como a busca por economias de baixo carbono que estão em consonância com a demanda por uma maior produtividade no uso da terra, construção de novos conhecimentos, ordenamento territorial e monitoramento, entre outros progressos.

“Com a adoção do Paragoclima, Paragominas se tornará vanguarda em um novo modelo de desenvolvimento. Inicialmente lançado como projeto, o Paragoclima vai se transformar em programa, estabelecendo políticas públicas concretas através de propostas de leis municipais até junho de 2024, para garantir segurança jurídica e continuidade na gestão municipal e na iniciativa privada”, destaca a secretária Amanda Purger.

Atualmente, o projeto Paragoclima conta com uma estrutura de governança composta por cinco grupos de trabalho (GTs), que têm como objetivo construir políticas públicas em parceria e adesão de toda a sociedade local. Cada GT corresponde a um eixo de atividades, todos coordenados pelo GT Clima.

Fonte: G1 Pará