Hydro Paragominas | Tecnologia | Reabilitação ambiental

Hydro Paragominas | Tecnologia | Reabilitação ambiental
Fonte: Divulgação

A mineradora Hydro Paragominas, conhecida principalmente pela exploração de bauxita, está fazendo testes com drones para alcançar a reabilitação ambiental de áreas de extração. A empresa, em parceria com a startup franco-brasileira Morfo, está avaliando os possíveis resultados de plantio aéreo. A startup também trabalha com nucleação, plantio tradicional e regeneração natural.

“Esta iniciativa vai contribuir e reforçar as metas de reabilitação da Hydro Paragominas. Estamos constantemente buscando soluções inovadoras no mercado para as iniciativas da mina, trabalhando a sustentabilidade das nossas operações por meio da tecnologia”, afirma Jonilton Paschoal, gerente de meio ambiente da Hydro Paragominas. Esta iniciativa prevê investimentos de mais de US$ 542 mil por parte da empresa.

 

Desde 2009, mais de 3 mil hectares na área da Hydro Paragominas foram recuperados por meio de reflorestamento. No ano de 2023, cerca de 328 hectares foram reabilitados, com aproximadamente 70% do reflorestamento feito usando a técnica de nucleação, 25% através do método tradicional de plantio e 5% pela regeneração natural. Além disso, foi utilizada a técnica de hidrossemeadura em cerca de 5 hectares.

“Nosso sistema faz um plano hiper particularizado conforme as necessidades específicas de cada porção de terra, aplicando os recursos mais adequados para cada uma, e usando uma equipe de duas pessoas e um drone para o plantio, o que permite restaurar extensões maiores de maneira mais eficiente”, comenta Adrien Pages, CEO da Morfo.

Primeiro é feito o diagnóstico do solo, utilizando os drones para mapear a topografia, recursos hídricos e cobertura vegetal. No laboratório, são examinadas outras propriedades através de amostras de solo, como: densidade, capacidade de retenção de umidade e composição mineral e orgânica. Em seguida, a identificação de espécies locais com mais chances de germinar naquela área, incluindo: plantas rasteiras, arbustos e árvores. Enfim, a etapa final é a distribuição das sementes. As empresas estimam que um único drone pode ser capaz de espalhar cerca de 180 cápsulas de sementes por minuto.

Estabelecida em 2021, a Morfo criou um método para realizar reflorestamento em larga escala, visando restaurar ecossistemas florestais para mitigar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade. No Brasil, estabeleceu parcerias colaborativas com universidades federais, como UFSCar e UFV, além de ONGs como o Instituto Terra e Preservação Ambiental, e redes de coletores de sementes.

Fonte: IT Fórum